festa-de-ogum-2020

ORIXA OGUM

OGUM ORIXÁ

Quando falamos de Ogum exigimos o máximo respeito, pois , estamos falando do Sagrado

( Orixás).

Ogum forjou a espada, a enxada, o martelo, o prego.

Então proporcionou as ferramentas para o trabalho. Ogum fez mais do que  propriamente fabricar as ferramentas. Ele ensinou todas as pessoas a manusearem as suas ferramentas.

Ogum com a fabricação das ferramentas proporcionou que todos os outros orixás pudessem buscar o seu sustento honrosamente.

Ogum sempre quis conhecer coisas novas, portanto, Ogum nunca se fixou. Ogum vem sempre na frente abrindo os caminhos.

Ogum é o Orixá do trabalho, Ogum nos ensinou a criar funções dentro do nosso trabalho. De qual forma vamos estruturar nossos trabalhos, de que forma vamos criar categorias e responsabilidades, de que forma vamos trazer eficácia ao nosso trabalho e de que forma vamos superar a preguiça, o desânimo, a falta de esperança, o cansaço que bate antes de começar.

Ogum é o  orixá que tem o conhecimento a respeito do ferro, mas, antes do ferro, existe o (FOGO), ele detinha o conhecimento sobre a metalurgia, e no seu amplo conhecimento sobre a metalurgia, e no seu amplo significado O FOGO representa o ESFORÇO, na vida do ser humano. Então sintetizamos:

O OURO QUE VAI BRILHAR TEM QUE PASSAR PELO ( FOGO) ESFORÇO. O OURO QUE BRILHA SEM O PROCESSO DO FOGO, NÃO TEM SEU BRILHO MÁXIMO.

Ogum é trabalho, esforço, superação, originalidade. Todos nós  trabalhadores buscamos a jóia, riqueza e prosperidade. E isso somente é possível através da sua coragem. Quem tem coragem também tem sorte. O ser humano só vai alcançar seus objetivos passando pelo FOGO / ESFORÇO para sua sobrevivência. Sobrevivendo as pressões do dia-a-dia. Para extrairmos 10g de ouro. Precisamos movimentar muitos quilos de outras substâncias para extrair somente o metal mais precioso.

É bonito dizer: Sou filho de Ogum!!!!

Sou guerreiro, forte, musculoso!!!

Mas, você respeita Ogum?

Quando vemos uma espada, já identificamos Ogum. Mas, devemos respeitar o Sagrado. Ninguém desembainha uma espada hoje em dia. No Séc. XXI o que devemos imprimir em nossas mentes. São as lições e heranças que Ogum nos deixou. As ferramentas que deixou, o fogo ( trabalho), o trabalho incansável, impregnado no DNA dos filhos de Ogum. As derrotas que Ogum sofreu em suas batalhas devido, a sua impaciência, não devemos repeti-las. Devemos evoluir através da sua história. E buscar o conhecimento incessante de como forjar as ferramentas de um futuro melhor. Para nós filhos de Ogum. E para todos os outros irmãos e irmãs filhos dos outros Orixás. Lembrando que todos temos Ogum no sangue. Se Ogum é o Orixá que tem o conhecimento do ferro. E temos Ferro na composição do sangue humano. Todos os seres humanos tem Ogum nas veias. Alguns mais quentes outros mais brandos. Mas, todos nós na igualdade da sua composição genética temos por obrigação estudar e entender as virtudes  e os defeitos de Ogum para sermos seres humanos e Umbandistas melhores a cada dia.

Ogum cometeu muitos crimes em sua mitologia.

Mas, Ogum matou a fome de muita gente.

Ogum é quem abre os caminhos para fixarmos uma nova cidade por exemplo.

OGUM O FERREIRO DO CÉU.

OGUM O GUERREIRO.

O culto e conhecimento aos Orixás é importante, para a evolução do Ser ( enquanto) Expansão da Consciência. A consciência expandida por Ogum, traz criatividade e esforço ( Ouro) em meu trabalho, produzindo Energia (Fogo) = Ouro ( Prosperidade). A equação necessária em conjunto com o SUOR e a dedicação emanada pela Energia de Ogum, para combater e Vencer as nossas guerras internas e externas. Que o Azul de Ogum produza uma luz líquida curando as nossas enfermidades e cansaço. Para sim, sermos Guerreiros incansáveis em busca do sustento honesto da nossa família. Produzindo mais Lucro, resultando em conforto, proteção, comodidade para nossa família. Iluminado um pouco mais esse planeta.

São Jorge é o Santo sincretizado  pela igreja católica que representa Ogum.

 

CARACTERISTICAS DOS FILHOS DE OGUM

Quando falamos dos filhos de Ogum e suas características, procuramos abordar os aspectos positivos de sua personalidade, deixando os aspectos negativos de lado. A título de informação e conhecimento para evolução do espírito. Quanto mais os filhos de Ogum se esforçarem para se auto-conhecerem de um modo geral, mais sucesso eles terão no seu crescimento pessoal e consequente evolução moral e espiritual. Estudaremos as caracteristicas dos filhos de Ogum durante toda a nossa passagem aqui na Terra. Podendo se tornar uma experiência positiva ou negativa, dependendo da fonte e das qualidades de Ogum que nós seres humanos resolvemos tomar como exemplo em nossa jornada evolutiva.

Os filhos de Ogum são pessoas corajosas, curiosas e resistentes, que buscam incansavelmente o aprimoramento. Competitivos, não admitem, perder a energia nervosa que acumulam pode ser muito bem empregada se for descarregada em esportes ou outras atividades que implique desgaste físico.

O arquétipo de comportamento de um filho de Ogum está associado a impulsividade, porque é dado a brigas e a medição de forças. Apreciam as novidades tecnológicas e os novos caminhos da ciência. Os filhos de Ogum são amigos inseparáveis, sinceros e leais. Tem um temperamento sexual quente.

Os filhos de Ogum são as pessoas que fazem acontecer. Eles impulsionam as coisas pra frente. Definem um lado e partem para a Guerra, nunca ficam em cima do muro.

São muito práticos.

São pessoas muito simples. É muito fácil aguadar um filho de Ogum.

Encontram dificuldades em padrões ordenados e rotinas.

De um modo geral são pessoas confiáveis, fazem muito pelo próximo, são pessoas inquietas.

Não são exigentes com comida, nem com roupas, nem com a moradia.

São divertidos.

São excelentes condutores de energia, ou seja, pegam carga fácil, mas, também quebram com facilidade.

Estão sempre mudando seus objetivos tão logo os alcancem.

Eles são capazes de tomar o trono e entregar para outras pessoas governarem.

Pessoas determinadas, líderes natos, francos e as vezes rudes. Quando percebem que erraram, pedem desculpas e logo voltam atrás, por isso é difícil guardar mágoa dos filhos de Ogum. São pessoas práticas.

Não gostam de injustiça com os mais fracos.

Dizem que os filhos de Ogum nascem desajustados e com o passar do tempo vão serenando.

Não dependem de ninguém para vencer desafios.

São desgarrados materialmente de qualquer coisa.

Procuram manter em dia com o seu corpo.

 

Itans de Ogum

OGUM CHAMA A MORTE PARA AJUDÁ-LO NUMA APOSTA COM XANGÔ

Ogum e Xangô nunca se reconciliaram.
Vez por outra digladiavam-se nas mais absurdas querelas.
Por pura satisfação do espírito belicoso dos dois.
Eram, os dois, magníficos guerreiros.
Certa vez Ogum propôs a Xangô uma trégua em suas lutas, pelo menos até que a próxima lua chegasse.
Xangô fez alguns gracejos, Ogum revidou, mas decidiram-se por uma aposta, continuando assim sua disputa permanente.
Ogum  propôs que ambos fossem a praia e recolhessem o maior número de búzios que conseguissem. Quem juntasse mais, ganharia.
e quem perdesse daria ao vencedor o fruto da coleta.
Puseram-se de acordo.
Ogum deixou Xangô e seguiu para a casa de Iansã, solicitando-lhe que pedisse a Iku (a morte) que fosse à praia no horário que tinha combinado com Xangô.
Na manhã seguinte, Ogum e Xangô apresentaram-se na praia e imediatamente o enfrentamento começou. Cada um ia pegando os búzios que achava.
Xangô cantarolava sotaques jocosos contra Ogum.
Ogum, calado, continuava a coleta.
O que Xangô não percebeu foi a aproximação de Iku.
Ao erguer os olhos, o guerreiro deparou com a morte, que riu de seu espanto.
Xangô soltou o saco da coleta, fugindo amedrontado e escondendo-se de Iku.
À noite Ogum procurou Xangô, mostrando seu espólio.
Xangô, envergonhado, abaixou a cabeça e entregou ao guerreiro o fruto de sua coleta.

OGUM E O FAZENDEIRO

Conta a lenda que aqueles que fazem oferendas a Ogum e tem a proteção desse orixá não irá sofrer injustiças.
Diz um itan que um pobre homem peregrinava por toda parte, trabalhando ora numa, ora noutra plantação. Mas os donos da terra sempre o despediam e se apoderavam de tudo o que ele construía.

Um dia esse homem foi a um babalawô, que o mandou fazer um ebó na mata. Ele juntou o material e foi fazer o despacho, mas acabou fazendo tal barulho que Ogum, foi ver o que ocorria.

O homem, então, deu-se conta da presença de Ogum e caiu a seus pés, implorando seu perdão por invadir a mata. Ofereceu-lhe todas as coisas boas que ali estavam. Ogum aceitou e satisfez-se com o ebó.  Depois conversou com o peregrino, que lhe contou por que estava naquele lugar proibido.

Falou-lhe de todos os seus infortúnios. Ogum mandou que ele desfiasse folhas de dendezeiro (mariwo), e as colocasse nas portas das casas de seus amigos, marcando assim cada casa a ser respeitada, pois, naquela noite Ogum destruiria a cidade de onde vinha o peregrino.

Seria destruído até o chão. E assim se fez. Ogum destruiu tudo, menos as casas protegidas pelo mariwo.

Então nessa lenda você aprendeu por que dentro do culto ao Orixá Ogum nós batemos no ferro (kalá-kolò) ao chamar Ogum e utilizamos mariwô na porta de nossas casa com a finalidade de ter a proteção e indicando que ali mora um devoto fiel de Ogum.

OGUM OFERECE À OYÁ SEU AKORÔ

Ogum, o ferreiro de Irê, gostava de sua liberdade. Morava na forja, na última rua da cidade, com sua esposa Oyá, que o ajudava.
Sua casa não tinha porta ou janela e o teto era formado pelas folhas de mariwo, que impediam a chuva e o excesso de sol de incomodá-lo.
Ele via os amigos passarem na rua e os saudava com um aceno. Era considerado homem importante, e fora presenteado pela comunidade com um “akoro”, pequena coroa de metal que usava com muito orgulho.
Pedira ao seu irmão Ode, o caçador, também chamado Oxóssi, que caçasse para ele um enorme touro selvagem que vivia por perto. Tratou o couro do animal e fez dele um enorme fole.
Sua esposa Oyá manejava o fole o dia todo, enquanto ele trabalhava na forja, com o calor em seu rosto. E quem passava naquela rua ouvia a música que saia da forja: “Wuuush”, fazia o fole. “Lakaiye, lakaiye”, ecoavam a bigorna e o martelo. Havia muito trabalho e Ogum e Oyá não paravam nunca.
Uma família resolveu certo dia realizar uma festa para o velho Pai que morrera no ano anterior.
Contrataram a Sociedade Egungun da aldeia, cerimónias de propiciação foram feitas pelos Sacerdotes, e o Egungun do velho Pai passeou todo o dia pela cidade, com a família e os amigos atrás, felizes de rever seu Pai de volta ao mercado, tomando sol na praça, andando na estrada, entrando nas casas, brincando e conversando com todos.
Bem mais tarde, Egungun passou pela forja, para rever seu amigo ferreiro. E, ao ouvir a música que saia de lá, pôs-se a dançar na rua. Todos ao seu redor riam e gritavam de alegria, Ogum acelerava os movimentos, e o “Lakaiye, lakaiye” saia mais forte. Oyá manejava rapidamente o fole, e ouvia-se “Wuuush, wuuush, wuuush”, quase sem parar.
O povo aplaudia aquela música e cada vez mais juntava gente ao redor da forja. Ogum estava muito orgulhoso de sua mulher. Ela realmente era muito forte, tinha bom ritmo, sabia como transformar seu fole em um instrumento musical, e com isso encantara e dominar a Egungun, tido como difícil de lidar. A noite caiu e Egungun ainda dançava na rua.
Ogum disse a Oyá que largasse o fole e fosse dançar com Egungun. Ele ao mesmo tempo manejaria o fole e bateria o martelo.
E por horas e horas, Oyá e Egungun dançaram e alegraram o povo de Irê.
Ogum então tirou seu akoro da cabeça e presenteou com ele sua esposa Oyá, dizendo a ela: “Oyá, iyawo mi, akoro mi lonoon.”( Oyá, minha esposa, use meu akoro na rua).
E a partir de então, Oyá teve o direito de usar um akoro de metal na cabeça, direito este que conserva até hoje, na velha Mãe África e no novo mundo, sendo a única iyaba que pode fazê-lo, um vez que seu marido Ogum, Alakoro ( o dono do akoro), a autorizou a isto.
Oyá ficou conhecida então como “aquela que usa akoro na rua”, “aquela que faz Egungun dançar com a música da forja”, “a Mãe que dança com o filho toda a noite sem se cansar”, “a poderosa Mãe que conseguiu cansar Egungun”, “mulher de Orixá Ogum que recebeu dele o akoro e com ele divide os poderes sobre a forja”, “a que tem akoro e o usa na rua, sem que seu dinheiro tenha sido gasto para isso”.

OGUM E OYÁ

Segundo a lenda, Oyá vivia feliz com Ogum, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. Gostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que é conhecedor de todos os caminhos, Oyá aprendeu a andar pela Terra.

Gostava muito de vê-lo trabalhar, em seu ofício de ferreiro, tentando aprender como ele confeccionava suas armas e ferramentas. Oyá pedia insistentemente que lhe fizesse uma arma para guerrear.

Um dia, Ogum a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exército estava usando esse mesmo tipo de arma.

Mas Ogum não a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Oyá adorava a liberdade, mas, ao mesmo tempo, não dispensava uma boa companhia. Começou a sentir-se rejeitada por ele.

Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, foi procurar Ogum, pois precisava de armas para seu exército. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparência. Era impossível não notar sua presença.
Ogum, aceitando o pedido, começou a produzir armas para Xangô, que tinha muita urgência. Ficaria na aldeia o tempo necessário para o término do serviço.
Xangô também notou a presença de Oyá, sentindo uma grande atração por ela. Com seu jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades. Descobriram, nessas conversas, que possuíam muitas afinidades, inclusive que não gostavam de viver isolados, assim como Ogum.

Oyá estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas não queria magoar Ogum, a quem respeitava muito.

Xangô propôs-lhe uma união eterna, sem monotonia, sem solidão, viajando sempre juntos por toda a Terra. Seria uma união perfeita.

Quando Ogum terminou seu trabalho, os dois já haviam partido. Ele ficou enfurecido com a traição de ambos, mesmo sabendo que sua companheira não podia ficar cativa para sempre.

Partiu atrás deles para vingar sua desonra!

Oyá estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que não poderia mais ficar com ele, pois Xangô a completava, mas que iria respeitá-lo sempre como grande orixá da guerra.

Ogum estava tão enfurecido, que não ouviu o que ela dizia, e foi com grande fúria que investiu contra ela, erguendo sua espada. Oyá, em defesa própria, também o atacou. Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e Ogum em sete, formando curas. Esses números ficaram muito ligados a esses orixás, assim como as curas, que foram introduzidas nos rituais africanos.

 

 

 

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